Inicio     |     Sobre     |     GitHub     |     Games     |     Contato                        

quinta-feira, 27 de abril de 2017

[Artigo] O cérebro numa cuba



Como escreverei muito sobre computação cognitiva e simulações aqui no blog, vale passar por alguns dos principais problemas que envolvem o campo de pesquisa da psicologia e computação cognitiva e que também trata de simulações de certa maneira, um deles é o argumento conhecido como o cérebro numa cuba. Você já deve ter visto ou no minimo ouvido falar do filme Matrix, já deve ter ouvido a musica "O Sábio Chinês" de Raul Seixas, existem varias hipóteses e alegorias, como a da caverna de Platão que abordam um mesmo tema ou tema similar que é o mundo exterior, a possibilidade de estarmos vivendo em uma simulação, e devida a dificuldade de afirmar ou negar a vericidade dessas, acaba sendo considerada por uns, um paradoxo.









O cérebro numa cuba é uma versão moderna que pode ser usada em conjunto de alguns argumentos e hipóteses, para mostrar a possibilidade do mundo exterior não ser aquele em que vivemos ou de que temos conhecimento, assim como a da caverna de Platão, um objeto tridimensional no mundo bidimensional, o quarto chinês, mundos simulados etc.. A ideia é que somos na verdade apenas cérebros em uma cuba cheia de líquidos e nutrientes que nos mantem vivos, e nosso sistema nervoso está ligado a um super computador que simula o universo que vivemos, simula nossa existência, nossas experiencias, nossas ações, sensações etc..

De fato, quando tocamos algo, o que sentimos são sinais sendo enviados a nosso sistema nervoso que causa a sensação de toque,  logo se existe a possibilidade de um dia nossos computadores evoluírem sua capacidade de processamento a ponto de simular um universo quase perfeito (e essas possibilidade existe), as chances de já estarmos vivendo em um mundo simulado são grandes, sem falar na possibilidade de que todas as pessoas que conhecemos também serem cérebros em uma cuba, ou serem apenas simulações, como os NPCs (non-player character) em jogos, isso sem falar na possibilidade de nós sermos apenas uma simulação, e simplesmente não existirmos de nenhuma forma no mundo exterior.

Quando essas questões são tomadas se referindo a inteligencia artificial, na possibilidade de estarmos criando mundos com seres que julgamos não conscientes, surgem questões de ética, como sabemos que não estão conscientes?
De qualquer forma, filósofos, psicólogos e pesquisadores de diversas áreas tentam argumentar contra e em prol a essas hipóteses e disso surgem muitos trabalhos interessantes.
Estarei falando um pouco das outras hipóteses citadas anteriormente uma a uma, mas vale lembrar que essas são hipóteses, não são teorias, nem leis, nem uma verdade absoluta e muito menos uma conspiração.

Referências pra saber mais:
Artigos:

Putnam, H. (2014) "Cérebros numa cuba (Brains in a Vat) Tradução de L. H. Marques Segundo". Universidade Federal de Santa Catarina, FUNDAMENTO – Revista de Pesquisa em Filosofa, n. 8, jan–jul - 2014.
Putnam, H. "Brains in a vat: Chapter 1".
"Pesquisa de Nicolelis mostra como o cérebro integra objetos externos ao corpo". Humanas News Informativo semanal da Ciências Humanas Nº 31 • Ano 2 • Sobral • agosto de 2013.
Luz, A. M. (2009). "Desafio cético e o debate internalismo versus externalismo em epistemologia".


Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=Y5nVveHi7Cc
https://www.youtube.com/watch?v=FuuirfHFG2M
https://www.youtube.com/watch?v=W0r33byuq8g
https://www.youtube.com/watch?v=sFviMeIcFpk
https://www.youtube.com/watch?v=R8H_wfVRoY8
https://www.youtube.com/watch?v=mfIenNIAedw


Este conteúdo é meramente informativo, e não aconselho seu uso como fonte de trabalhos acadêmicos ou científicos  para isso sempre procuro disponibilizar no final da página no campo "Fontes" ou "Referências" links para artigos científicos, sempre busque informações em mais de um lugar.

Textos e ilustrações por Carol Salvato

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário