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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Inteligencia Artificial um Resumo



O campo da inteligência artificial (IA) tem como objetivo estudar e compreender entidades inteligentes, assim sendo muito usada para um autoconhecimento humano. Porém ao contrário da filosofia e da psicologia a IA também busca construir entidades inteligentes (Russell; Norvig, 2009). Dessa forma em (Poole; Mackworth; Goebel, 1998) a IA é apresentada como sendo o nome dado ao campo que conhecemos como inteligência computacional (IC).


“[…] Inteligência computacional é o estudo do design de agentes inteligentes. Um agente é algo que age em um ambiente - ele faz algo. Os agentes incluem vermes, cães, termostatos, aviões, seres humanos, organizações e sociedade. Um agente inteligente é um sistema que age inteligentemente: o que ele faz é apropriado para suas circunstâncias e seu objetivo, é flexível para mudar ambientes e mudar objetivos, aprende com a experiência e faz escolhas apropriadas, dadas limitações perceptivas e computação finita [...]” (Poole; Mackworth; Goebel, 1998, tradução nossa).

Assim como grande parte das áreas de pesquisa que se divergem em assuntos específicos e podem compor um todo, a IA não é diferente, possuindo diversas definições que causa a divisão de pesquisadores da área. Segundo (Russell; Norvig, 2009) as definições se dividem em quatro grupos conforme ilustrado na Tabela 1. A divisão desses grupos pode causar críticas entre seus pesquisadores, mas também produz ideias valiosas.

Tabela 1: Quatro objetivos possíveis para prosseguir na inteligência artificial.

Como seres humanos
Racionalmente
Pensam
Sistemas cognitivos
Sistemas lógicos
Agem
Sistemas aprovados no teste de Turing
Agentes inteligentes


Conforme é possível observar na Tabela 1, as definições ligadas a “agir” se referem ao comportamento do sistema, enquanto as ligadas a “pensar” referem-se ao processo de raciocínio ou de pensamento. Já as definições ligadas a palavra “humano” definem o sucesso da IA com base no desempenho humano, enquanto as ligadas a palavra “racionalmente” referem-se a inteligência ideal, ou seja, um sistema que “faz a coisa certa”.

Atualmente, a IA abrange uma grande variedade de subcampos que buscam estudar desde áreas como percepção e raciocínio lógico, até tarefas mais específicas como jogar xadrez, diagnosticar doenças, escrever poesias entre outros. É comum cientistas de outros campos se moverem gradualmente para a inteligência artificial, onde buscam ferramentas para sistematizar e automatizar as tarefas intelectuais nas quais trabalham durante toda a vida. Dessa forma, os pesquisadores em IA podem optar por aplicar os seus métodos a qualquer outra área de pesquisa, sendo assim considerado um campo verdadeiramente universal e que possui diversas técnicas de aplicação como, por exemplo, Redes Neurais, Árvores de Decisão, Algoritmos Evolutivos, entre outras (Russell; Norvig, 2009). Atualmente a IA expandiu seus campos de aplicação para além do meio científico acadêmico, sendo aplicada na indústria em softwares, robôs autônomos, jogos eletrônicos entre outros.


Referências

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Um comentário:

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